quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quando as coisas não acontecem conosco mas podiam...

Um amigo do mais que tudo há um tempo ficou na mesma situação que eu e o mais que tudo: ele teve que emigrar e a namorada ficou cá, tal como eu.
No entanto, ele voltou ontem para Portugal, de férias. Mas as coisas com a namorada não estão bem, a distância conseguiu interferir negativamente na relação deles. Desde que ele saiu de Portugal e a deixou cá (literalmente) que ela se afastou, ficou estranha, em vez de dar força e manter-se do lado dele, fez como se ele não fosse ninguém. Ele chegou e ela manteve-se fria com ele, a fugir dele. Diz que a relação deles enquanto ele esteve fora, ficou como um computador hibernado, esteve parada.
Isto deixa o meu coração apertadinho... Houve dias em que também sentia que estava sozinha, que o mais que tudo estava a ser egoísta em ter ido e me era deixado cá "sozinha", houve dias em que apenas ouvir o mais que tudo me irritava, me deixava num pranto, em que não sabia o que sentia pelo mais que tudo.
Mas, havia outros dias em que eu tinha a certeza que amava o mais que tudo, e não percebia porque em outras alturas duvidava do que sentia. Eram esses dias que me davam força para enfrentar tudo. Hoje, a menos de três semanas de voltar a estar com o mais que tudo, só agradeço a deus por ter tido força por mim e pelo mais que tudo, e pelo nosso amor ter aguentado esta terrível etapa.
Só espero que corra tudo bem com o amigo do mais que tudo e com a namorada. Não quero sequer imaginar o que o amigo do mais que tudo estará a passar, meu deus.Podia ter acontecido comigo e com o mais que tudo. Mas este teste está passado. O nosso amor sobreviveu a isto. Só tenho é que ficar feliz por nós.

terça-feira, 30 de julho de 2013

"Famílias emprestadas"

Eu gosto muito da mãe do meu namorado. E do pai. E da avó, que se derrete toda a gabar o neto maravilhoso que tem. E do avô, que é um senhor cheio de respeito pelos outros e de veras muito atencioso. E das primas que vivem no estrangeiro. Perco-me na conversa com a mais velha, e a mais nova é uma reguila e só quer brincadeira.
E a irmã do mais que tudo, também gosto muito dela. No entanto, desde que o mais que tudo saiu de Portugal por questões profissionais, que a minha relação com ela esfriou - quer dizer, ao longo do tempo foi arrefecendo e agora está congelada.
Eu sempre tive muitos colegas mas os amigos eram menos de meia dúzia. Aqueles em quem podia confiar. Pensei que ela também fosse ser uma grande amiga, davamo-nos tão bem. E eu gostava muito dela. Mas,quando o mais que tudo emigrou, ela ficou estranha - ficamos estranhas uma com a outra. Ela queria que eu saísse à noite com ela, mas eu não me sentia à vontade porque não tinha confiança com os amigos dela e ficava literalmente todo o tempo sozinha. Até que recusei sair com ela. Aí começaram as discussões. E o querer ditar certas coisas que apenas diziam respeito a mim e ao meu namorado, isso não ajudou a minha relação com ela.
Em vez de tê-la ao meu lado quando fiquei sozinha, fiquei sem ninguém. Porque era com ela que mais falava. Ela sente que a desiludi. Eu sinto o mesmo, mas por ela.
Só tenho pena pelos pais e pelo meu namorado, e gostava tanto que as coisas dessem certo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Afinal...

Afinal o S. Pedro foi bonzinho. A chuva parou desde que chegamos à igreja, e esteve um dia lindo. Não muito calor mas esteve bom.
Quanto à cerimónia, não sei se por estar numa fase em que estou muito sensível, ou por o noivo ser o primo que foi mais que primo foi um irmão, eu emocionei-me muito. Muito é favor. Ver a felicidade na cara do meu primo e da noiva, deixou-me num estado de emoção tal que tive que sair da igreja porque não parava de chorar. Estava sempre com a cabeça no mais que tudo.
E no almoço, a entrada deles no restaurante, o bater dos talheres no prato para o beijo dos noivos, a valsa, o corte do bolo, o fogo de artifício, meu deus. Foi tão lindo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Não há nome para o título...

Nos últimos dias tenho-me sentido de coração vazio, sinto falta de mimos, do meu mais que tudo. As noites são passadas em branco, e os meus olhos não secam.
São os dias que não passam, as horas idem, tem sido desesperante.
O pior é quando descarregamos em cima das pessoas que mais amamos, mesmo sem querer. Sinti-me tão mal com isto.
E ainda falta um mês. Meu Deus.

sábado, 20 de julho de 2013

As relações familiares

Quando era pequenina adorava o meu pai. Ele dava-me tudo o que pedia. Talvez por eu ser a única filha. Incluindo atenção. Que era o que eu mais queria e precisava. Sempre fui mimada, um vidrinho, como ele sempre me chamava cada vez que ele ou a minha mãe me levantavam a voz, e eu, de lágrima fácil, desmanchava-me em lágrimas.
O tempo foi passando, comecei a perceber melhor as coisas, e cada vez mais o trabalho me roubava o meu pai, o afastava de mim e da minha mãe. Talvez por ter passado mais tempo da minha infância e adolescência com a minha mãe, eu tenha mais afinidade com ela do que com o meu pai. Talvez.
Chegada a adolescência, os meus traços de personalidade começaram a formar-se, e a "mostrarem-se" mais. Fui-me dando conta que sou tal e qual o meu pai: nervosa como ele, irritadiça como ele, que fervo em pouca água como ele, etc. Aí, as nossas personalidades começaram a chocar uma com a outra. E a dar lugar a discussões por tudo e por nada. As coisas apenas estavam bem se eu passasse os meus dias calada e mansa como um cordeiro, se só e unicamente falasse quando isso me era exigido. Mas como duas pedras iguais não fazem farinha, como a minha mãe diz, eu nunca me calava. E hoje, anos depois, continuamos a não nos entendermos como devíamos. Porque eu não sei calar-me cada vez que ele fala e não tem razão e eu digo alguma coisa, as coisas correm para o torto, ninguém o pode contrariar. Como a maioria das vezes correm.
No entanto, a literalmente um mês de sair de casa, cada vez que a nossa relação está menos bem, só fico é feliz quando penso que vou ficar afastada do meu pai. Porque tenho a certeza que a distância só nos vai fazer bem. Principalmente ao meu pai.
E pode ser que um dia sejamos um pai e uma filha que se dão bem. Porque se há coisa que me deixa mais triste é isto, tenho tanta pena que seja assim.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Uma conquista...

Hoje, finalmente, posso dizer que o assunto da minha ida faz mais sentido. Com muito medo, com o coração nas mãos nos últimos dias, mas hoje recebemos a notícia que há tanto tempo ansiávamos: eu ter trabalho. Mais um motivo para sorrir, um motivo que me dá outra confiança, outra segurança para poder dormir descansada sem pesos na minha consciência. Nas nossas consciências. Agora os dias são passados ainda mais ansiosamente pelo dia D. O dia do nosso reencontro, o dia da nossa ida e o dia da nossa chegada. Um sonho tão ansiado, finalmente é concretizado.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cada vez é pior...

A dona mãe soluça sempre que o assunto "ida" vem à tona. Eu limito-me a mudar de assunto, a fazer que não ouço, ou simplesmente "fujo" porque não consigo segurar as lágrimas, e não quero que ela me veja chorar, porque sei que ela ainda sofre mais se me vir assim. Sabe Deus o quanto vai custar. À minha querida mãe ficar sozinha, sem a sua única filha por perto. Não quero imaginar. É muito egoísmo da minha parte mas não vou conseguir despedir-me dela. É duro demais separar duas pessoas que outrora um cordão umbilical uniu, duro e injusto.

Preocupações de mulher...

Com a ida a aproximar-se, começo a pensar na roupa que tenho que levar, que tenho que comprar, se lá vai ser assim frio frio, por ser o "país da neve", se preciso de muita roupa, se não preciso de assim tanta. Jesus, que canseira. E será que caberá tudo na mala? Ou será que o mais que tudo ajudará nessa tarefa? Duvido é que o mais que tudo vá gostar que a mala do seu carrinho vá cheia de uma catrefada de coisas minhas... Vou ter que fazer um GRANDE esforço para não levar a casa atrás... Porque também é preciso espaço para as coisas para a [nossa] casa. Como soa bem dizer isto. Nossa casa. Perdoem-me. Escrever isto :-)

terça-feira, 16 de julho de 2013

É ela...

Agora que por um lado não vejo o tempo passar, mas que por outro tenho noção que o dia está a aproximar-se, começo a pensar como será a distância da mãe. Do pai. Do avô e da avô. Do resto da família. Da cunhada. Dos primos. Da afilhada que está prestes a começar a caminhar e não vou poder assistir a essa fase tão linda. Do meu Oui-oui, que vai passar dias a miar à porta do meu quarto, como faz sempre quando não estou. Da mãe do mais que tudo. Da melhor amiga.
É que o coração é teimoso... A cabeça "puxa" para um lado, mas ele insiste em puxar para o lado mais difícil.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Aquela ansiedade...

Aquele frio na barriga como era no início, quando sabia que ia estar com o mais que tudo. Aquele contar dos dias, das horas, que nos faz contar pelos dedos. Saber que só nos vamos ver dentro de mais ou menos um mês, depois de literalmente 5 meses afastados, mas não parar de quer seja falar nisso, pensar nisso, até sonhar com isso, e depois, finalmente, iremos dar rumo às nossas vidas, juntar o percurso de ambos, e fazê-lo juntos, lado a lado.
Uma decisão que foi tomada pelo bem nossos corações, da nossa relação, para o bem dele, para o meu bem, para o bem do nosso futuro.

domingo, 14 de julho de 2013

Tenho a certeza...

Tenho a certeza de que não haverá nada melhor do que depois de ter um dia para esquecer, falar com o mais que tudo. Quando vejo aquele sorriso, esqueço tudo por uns instantes, e fico completamente anestesiada por ele, ainda que o sorriso seja a quase 2000km.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Não vou ficar à espera.

É óbvio que se luta pelo que se quer. Que se sonha. Bem alto. Seja acordada, seja mesmo nos sonhos. Que se tem esperança. Porque ela é a última a morrer. E mesmo quando a força nos foge por entre os dedos e não conseguimos agarrá-la e tê-la connosco, a esperança lá continua. Porque sonhar não custa.