terça-feira, 30 de julho de 2013

"Famílias emprestadas"

Eu gosto muito da mãe do meu namorado. E do pai. E da avó, que se derrete toda a gabar o neto maravilhoso que tem. E do avô, que é um senhor cheio de respeito pelos outros e de veras muito atencioso. E das primas que vivem no estrangeiro. Perco-me na conversa com a mais velha, e a mais nova é uma reguila e só quer brincadeira.
E a irmã do mais que tudo, também gosto muito dela. No entanto, desde que o mais que tudo saiu de Portugal por questões profissionais, que a minha relação com ela esfriou - quer dizer, ao longo do tempo foi arrefecendo e agora está congelada.
Eu sempre tive muitos colegas mas os amigos eram menos de meia dúzia. Aqueles em quem podia confiar. Pensei que ela também fosse ser uma grande amiga, davamo-nos tão bem. E eu gostava muito dela. Mas,quando o mais que tudo emigrou, ela ficou estranha - ficamos estranhas uma com a outra. Ela queria que eu saísse à noite com ela, mas eu não me sentia à vontade porque não tinha confiança com os amigos dela e ficava literalmente todo o tempo sozinha. Até que recusei sair com ela. Aí começaram as discussões. E o querer ditar certas coisas que apenas diziam respeito a mim e ao meu namorado, isso não ajudou a minha relação com ela.
Em vez de tê-la ao meu lado quando fiquei sozinha, fiquei sem ninguém. Porque era com ela que mais falava. Ela sente que a desiludi. Eu sinto o mesmo, mas por ela.
Só tenho pena pelos pais e pelo meu namorado, e gostava tanto que as coisas dessem certo.

2 comentários:

  1. É... às vezes apanhamos assim umas desilusões... That´s life :-(!

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